sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Parem o Mundo.Eu quero Descer.


Foi longe de ser um dia comum. Na verdade a manhã foi tranqüila, sossegada e gostosa. Em compensação aquela tarde se arrastou, aquele tipo de dia que tu reza para que acabe logo, e quanto mais se reza menos ele passa...
13h08min para ser mais precisa foi quando começou. O coração dispara, as mãos tremem, os olhos se enchem e de repente aquele estalo, parece que a mente se abre e os olhos passam a ver tudo como realmente é. A parte da canção que dizia “não perca a cabeça” estava atrasada e deu o conselho quando essa já estava longe, longe. (Poderia ser uma crise, paranóia, bobagem, mas ouvi dizer que a paranóia grita o que senti foi suave, calmo um sussurro... Infelizmente pra mim, era a tal intuição, o que chamam de alerta por ai).
Remexendo algumas coisas, descobri, ou melhor, redescobri sem querer o que por tempo ficou guardado esperando à hora certa pra vim fazer-me uma desagradável visita. Palavras tão carregadas e tão verdadeiras que tenho certeza que outra pessoa no meu lugar ficaria do mesmo jeito. Tentei me manter ocupada depois de lê-las, não queria pensar, mas com toda sinceridade os pensamentos já estavam todos ali e o quebra-cabeça foi encaixando... E de tão ocupada nem vi que o telefone tocava.
Tive certo descanso naquele engarrafamento e caminho tão longo quanto o dia. Animei e fui animada. Benditas sejam as pessoas certas nas horas incertas.
O sossego durou pouco, e aquele turbilhão voltou quando decidi dividir o que me incomodava com alguém, (acabei dividindo com mais de um, talvez ai por ingenuidade cometesse mais uma gafe) e não adiantavam as palavras de consolo. Os elogios que me deixavam sem graça. Ou a voz tranqüila e baixinha que fazia com que o imitássemos, e falássemos igual. Esse foi o momento em que deixei escapar mais alguns sorrisos e meu coração acalmou. De novo pessoas certas nas horas incertas.
Chegando em casa ao invés de fazer o mesmo de sempre, decidi fazer tudo diferente, dormi. Só queria que aquela quinta-feira tivesse fim...
Bobagem a maldita quinta-feira, deixou suas surpresas pra sexta-feira. Achei que tinha ganhado um amigo, me enganei. Aquela que também se encontra no caminho me falava o tempo todo, e eu não quis acreditar, não tinha porque, não existia um motivo consistente. Fui procurar uma explicação e na verdade achei um culpado, ou melhor, culpada, eu mesma. E pior, foram dias antes que a coisa tinha tomado uma proporção que eu por inocência não percebi, algumas brincadeiras e uma frase mal localizada me colocaram numa roubada.
Tem gente que deseja que todo dia seja quinta-feira, daí pede ajuda pra quem deseja que seja sexta-feira todo dia. E ainda tem aqueles que desejam um dia que talvez nunca chegue...
Lenine foi sábio ao cantar “Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma. Até quando o corpo pede um pouco mais de alma. A vida não para”.
E creio que estarei sendo sábia “cantando”: Nunca deveria esquecer. Só ela poderia tê-lo feito feliz.Pena ter me esquecido tão rápido...

01
:D

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