quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Andava bem...


Descobriu após três chamadas não atendidas.
Ela mal acreditará no que acabava de acontecer, não resistiu e respondeu  dizendo ser milagre.
A resposta nada menos que mais uma chamada( que ela deixou passar)seguido de  um sms dizendo para dar um toque quando pudesse falar.E que ele também tinha saudades.
Saudades?! Pensou ela e logo soltou um suspiro de alegria.Aquele sms transformará seu dia.
As outras tentativas de comunicação,mesmo que falhas, reavivaram toda a esperança que estivera perdida, pela angustia que lhe causavam.
Mas aquele muitas saudades. Beijo, era o suficiente para ter certeza que jamais sentiu errado.
De algum jeito permaneceram vivos no coração um do outro e um reencontro era só questão de tempo...

Rafaela Souza
01


Não sabendo amar.


Eu te amo. Mesmo negando. Mesmo deixando você ir. Mesmo não te pedindo pra ficar. Mesmo não olhando mais nos teus olhos. Mesmo não ouvindo a tua voz. Mesmo não fazendo mais parte dos teus dias. Mesmo estando longe, eu te amo. E amo mesmo. Mesmo não sabendo amar.
(Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Ice Age

"Throw your arms around my neck
And hold me tightly
There's a lot that we will get
I'm asking you...
Let your diamond bracelet fall
Over the ice age
Over the ice age..(8)"



 
Rafaela Souza
01 :D

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Como andava.

"Onde andará? é das perguntas mais tristes que conheço, sinônimo de se perdeu."
(Caio Fernando Abreu)

Andei pensando em ti mais do que de costume. Resolvi mandar mensagem pra saber como tu anda...
Saudades. Beijos.
Foi o que conseguiu escrever.Sabia que não haveria resposta, nunca houve, mas dessa vez a não resposta era e seria diferente.Isso fez seu coração pesar e em algumas momentos sentiu-se sufocar.
Permitiu-se voltar até antes de chegar a esse ponto. Refez todos os encontros, foram poucos mas tão marcantes que seus olhos encheram-se de um imenso vazio e enfadonha tristeza.
Remeteu-se aqueles dias conturbados e agitados que a época do ano pedia. Da ansiedade em seus dedos e da felicidade que seu lindo sorriso estampava. Corajosamente esperou cerca de uma hora. Quando se viram foi como se já se conhecessem, ficaram tempo abraçados não queriam e não se permitiam ficar longe.Os corpos faziam questão daquela gostosa sensação, pois mesmo sabendo que dariam um jeito de bis, esse bis poderia não acontecer.
Ouvi-se  um longo suspiro e a trajetória é continuada. Lembra do abraço das mão entrelaçadas e do tão desejado beijo.Lembra da promessa do rencontro que não demorou a acontecer. E que foi tão bom bom e tão natural como os outros. Lembra do transtorno que esse ultimo  lhe causou. E entristece ao pensar da pausa que foi dada. 
Se alegra ao lembrar da coragem ao voltar atrás. Aquele mesmo sorriso, mesmo abraço e mesmo beijo a esperavam retribuindo a mesma alegria. 
Algumas vontades trancadas, algumas mentiras envolvidas, algumas descobertas feitas e a pausa.
Novamente a tristeza transforma-se em lagrimas.
Lembra de que se sentiu surpresa a ver ele participar de uma das grandes realizações de sua vida. E o como ele partilhou com ela aquele instante. Em como partilhou com ela desejo, lençóis, chuveiro, momentos únicos de prazer inegável e amor lastimável.
Mais descuidos, mais detalhes, mais pausa. Longa pausa...
Mais um reencontro com exata emoção. Mais daquela frase que nunca soa tão verdadeira "que saudade da minha(sim tua) gatinha. Sério não podemos mais ficar tanto tempo sem se ver!". 
Concordaram, demoraram mas se viram, os mesmo dois meses, a mesma cama, o mesmo desejo, o mesmo prazer. O mesmo amor. Nunca dito, sempre sentido. Vivido, no olhar, no toque, na falta, no reencontro...
Ambos sabiam onde se encontrar. Mas só um queria saber como andava...

Rafaela Souza
01

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A partida é sempre do mesmo lugar.


“No fundo sou sozinha. Há verdades que nem a Deus eu contei. E nem a mim mesma. Sou um segredo fechado a sete chaves. Por favor me poupe. Estou tão só. Eu e meus rituais. O telefone não toca. Dói. Mas é Deus que me poupa.”
(Clarice Lispector)


Desamparo! Sim foi isso que li, foi isso com que me identifiquei. Difícil olhar em voltar e saber que se está só sabe rapaz. Não que não seja só, mas por alguns instantes estive em mundo paralelo e confesso até gostava, mas como sempre uma hora a gente acorda. Minha racionalidade não me deixa ir muito longe.
É acordar é um tanto quando ruim  viver em sonhos sem dúvida é mais pacifico e menos conflitante. Mas tu sabes tenho que entender que vim ao mundo como raridade e que exige sacrifícios. Não, não capaz isso não é inveja jovem até porque eles podem ter  técnica mas eu tenho a vida. E vida de verdade, bem vivida e intensa não se troca por dinheiro nenhum,guarda isso.
Sinto falta das vidas simples e das vidas prolixas, sinto falta do que se resolve por si. Acredito ser válida a queda que nos leva ao topo. Essa ânsia por mais a qualquer preço vem aliada a bipolaridade e bipolaridade meu caro, ahhhá é falta de equilíbrio e falta de equilíbrio me consome dia a dia. Não que ande na linha sempre, conheço meus limites, todos deveriam conhecer os seus, apesar de seres solitários o convívio ainda existe e assim a solidão não é absoluta.
É tens razão; deve ser isso mesmo que me fez revindicar o asfaltamento do coração. As coisas boas andavam longe, tão longe que quase haviam sido esquecidas, quando me dei por conta que um pouco era culpa minha as trouxe de volta.
Sim já andei pra trás,muitas vezes estive aquém do que sou ou poderia ter sido ali. Não não me arrependo, aprendizados nunca são inúteis, já lhe disse vida de verdade sem sombras é o que importa. Não o que me move não é sonho, e sim o conhecimento. Veja bem estava lá e acabei por retornar, preciso de fatos reais e palpáveis para ir adiante. Você também deveria optar por isso sabes!?
Não rapaz, a prece não adiantou porque achas que voltei? Já lhe disse felizmente, ou não, esse é meu mundo, e não que giremos 360º C  mas a partida ou repartida sempre é dada no mesmo lugar. É sempre dada de dentro de nós...

Rafaela Souza
01
:D

terça-feira, 17 de julho de 2012

Arte do desencontro


Chega de silêncio!
Que alma fale, que o eu-lirico responda, que a imaginação e criatividade se façam novamente presente. E que dessa  vez constante.

 "Hoje eu saí de casa tão feliz, que nem me lembrei que em algumas horas a tristeza bate, me sacode e me faz sentir dores que eu não imaginava que continuavam ali."
( Caio Fernando Abreu )

 01 :D