segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

De saco cheio


A verdade é que não há verdade.
Continuaram nos dizendo que queremos ouvir,o que devemos ouvir.
Enquanto a maioria mede palavras, enfeita letras e torna frases canções,eu faço disso uma atroz sinceridade, muitas vezes admirada e elogiada.
Sinceramente não vejo vantagem em parecer mais forte, pelo contrario passei a silenciar, e aquela coisa de que observar e ouvir é melhor do que falar até certo ponto faz sentido,mas tambem tem limite.
A verdade é que ando cansada de ouvir, é preciso abstração.
A verdade é que o mundo mudou muito desde que passei a abstrair e não ter como por isso pra fora me incomoda, me fecha, me isola, me mata e de uma hora pra outra me faz nascer de novo.
Pronta pra proxima...


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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Sem medo.


Ele não faz nada que outro já não tenha feito. Não diz nada que outro não tenha dito. Não me confessa nada que outro já não tenha confessado. Não usa nenhum elogio novo. Não faz promessas que já não tenha ouvido. Não diz mentiras que já não estivesse acostumada.
Mas ele é aquele que me deu a mão quando eu precisei.É aquele que reclama da vida de um jeito engraçado.Que luta sem cansar pra ser e ter o melhor. Que fica sem graça ao ganhar um presente. O único que quando tenso faz aqueles gestos com as mãos e parece Hammy quando agitado. O único que passeia horas a fio conversando bobagem, contando historias mirabolantes, tentando desvendar o indesvendavel. Que come algodão doce,detalhe azul, como uma criança e me faz entrar num clima de comedia romântica Hollywoodiana assistindo um fim de tarde com aquela brisa " marinha". Aquele que se apresenta quantas vezes for necessário. Aquele que gosta do perigo, e vive em desafio porque sabe que tem um anjo forte.
Aquele que conta os mais íntimos segredos, que não sabe como me esconder nada. Aquele que diz me roubar, mas na hora perde a simpatia típica e tranca como um carro enguiçado.
Ele não é alto, não tem olhos claros, mãos grandes, ombros largos, ou qualquer outra coisa que pudesse explicar tamanha atração.
Mas ele... Ahhh ele tem meu coração. Tem aquele pedacinho com encaixe perfeito naquele cantinho que tava vazio. Que demonstrava ser oco. Que pesava e por mais que eu tentasse não conseguia preenche-lo.
Ele tem o dom me envolver com cada frase. Tem o abraço acolhedor. Sabe me entender e reconhecer com um olhar. Ele me faz sorrir como ninguém. Tem o pescoço que me aninha. E tem o "clak" de nossas mãos, que me acalma. Ele é simplesmente aquele que me tem.
Sim é rápido, meio fantasioso. Um tanto quanto místico. Inexplicável cientificamente, mas facilmente entendido quando analisado com o coração.
Somos um só quando estamos juntos, e sinto sinceridade e uma real utopia quando falamos das vontades futuras.
Foi tão rápido, mas é tão bom. Faz-me tão bem. Eu realmente desconhecia qualquer vontade, querer ou sensação parecida.
Ele que é tão igual aos outros mas é tão diferente pra mim. Ele é único, admirável, especial, lindo, maravilhoso, na medida.
Ele sabe como me fazer dele. E nada é mais fantástico que isso.
Ele me abriu um mundo novo: fez-me querer envelhecer, sonhar com casa cheia e um recanto nas montanhas.
Não importa quanto tempo dure, não importa o que se passa lá fora. Importa-me apenas o fato de me sentir completa, infinitamente plena. Constantemente alegre. Importa-me ele está no meu lado agora e me importa ver ele alegre, fazer ele completo, pleno, confortável. Importa-me que cumpramos nossa missão juntos, que aprendamos o que é preciso. Importa-me que no fim lembremos da importância e diferença que fizemos um pro outro. Importa-me sabermos aproveitar e eternizar cada instante desse encontro, nessa vida, no hoje.
Agora faço aqui aquele pedido em tom apelativo para o Divino, praque Ele permita que isso seja pra sempre, que superemos qualquer escolha divergente e que compreendamos qualquer situação desconcertante. Que continuemos encarando o que ta escrito dessa forma tão natural, tão contos de Wal Disney, tão linda, tão nossa. E as bençãos sobre isso sejam diaria.
Por fim quero dizer o quanto o adoro, o quanto és importante, o quanto o quero cada dia mais enquanto puder faze-lo sorrir sem dor,sem magoas,sem amarras. Enquanto puder simplesmente faze-lo bem e feliz...

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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O fim sem começo II, ou melhor , o RECOMEÇO.


"Fiquei ali parado, procurando alguma coisa que não estava nem esteve ou estaria jamais ali."
Não me culpo por isso,não te culpo também. Guardo de tudo, o que foi bom.O ruim deixo no fundo do baú para trazer de volta na hora necessaria,para que o erro não se repita.
Do fundo do coração
"Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez."
Ainda assim,como quase namorada,agradeço,pois enquanto se guardava eu aprendia a me doar,me doar verdadeiramente.Tenho hoje plena certeza, graças a ti, que a próxima pessoa ao meu lado será mais feliz,mais amada,mais premiada do que qualquer outra já foi.Hoje na prática digo: mais vale a queda por ter investido tempo,carinho,atenção,dedicação...do que ir dormir com a sensação do "eu poderia mais".
Espero ainda que possa livra-se do que de mal partiu teu coração,possa seguir em frente,descobrir que não existe nada melhor do que aquele friozinho gostoso na barriga,aquele olhar que acalma,aquele abraço que conforta,aquele sorriso que invade,aquele momento em que as palavras não se fazem presente,mas o corpo e toda sua quimica falam por si. O momento da pessoa certa numa hora incertza.Espero que deixe de lado esse olhar triste, nostalgico e se dê uma chance de sentir-se vivo,uma chance de fazer alguém viver. E quando isso acontecer,eu sei, de mim lembrarás e então tudo que parecia ridiculo,idiota e te deixava com raiva fará sentido. Tu sorrirás, me agradecerá silenciosamente por ser assim tão corajosa,tão decidida,tão visionaria.
Enfim,como tua besti forever acabo com
"Venha quando quiser, ligue, chame, escreva - tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim"
[Frases de autoria de Caio Fernando Abreu]

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domingo, 10 de outubro de 2010

Alone


Por algumas vezes
E bem melhor ficar sozinha
Ouvindo uma boa musica
Do que ter alguém no teu ouvido
Falando mil coisas,
Repugnante.

Sozinha em fim
No meu canto
Refletir sobre a vida
Viajar em meus pensamentos
Sem rumo.

Mais uma vez sozinha
Rindo do que já se passou
Relembrando o que ficou
Saudade do que nunca vivi

Juro que não desejo
Que não gostaria de ficar sozinha
O que eu quero,
Não posso
Bobagem.
Só quero ser feliz
Mas como só tenho
Certas opções
Prefiro essa,
Sozinha, em fim
mas uma vez.

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sábado, 2 de outubro de 2010

Como perder aquela garota V


20h:00min: Ela sabia que precisava agüentar só mais aquela vez, seria a ultima ligação.Ele não ligaria depois,entediaria que se ele não decide,ela não costuma errar o tiro.
Continua comendo seu delicioso jantar congelado acompanhado pelo vinho barato que ela tanto ama, enquanto coloca o ponto final no seu TCC e o salva no note book. Quanto levanta se dá conta que passou o dia todo de pijama e que a ultima vez que falou com alguém foi às 9 horas daquela manha e foi para pedir permissão para não ir trabalhar, concedida por ser uma ótima profissional. Sim eu sou ótima sem dramas, pensa ela, se ele não reconheceu alguém em algum lugar a um dia de reconhecer.
Pega a taça com vinho e vai pro quarto coloca o CD preferido para tocar e senta-se na cama, liga TV só para fazer luz porque naquele momento nada a interessaria. Além de um porre ou remédios para dormir, seria difícil sem ele agarrando e fazendo aquelas já tradicionais brigas de travesseiros, seguidas de beijos e daquele incontrolável desejo que sentiam um pelo outro.
Vai até o banheiro escova os dentes, prende o cabelo e se atira, agarra-se nos travesseiros e chora de novo. Seca as lágrimas, vira para o lado e repete pra si, 50, 50.

Em pensar que ele nunca foi capaz de perceber que mais que tranqüilidade ela queria segurança...

Como perder aquela garota IV


17h: 00 min: Intervalo e com os dedos já calejados e na sua n tentativa sem resposta alguma, pega o carro e decide que por hoje o dia tinha acabado.
Chega em casa, e toma wisky a primeira dose sem gelo, precisa de uma bebida de gente grande. Senta no sofá e liga a TV, nem seus programas favoritos parecem ser boa cia. Liga o rádio e por acaso à música que ela cantava daquele jeito bizarro é o single daquela cena melancólica e decadente. Ele não agüenta seu coração aperta e ele se permite chorar, vai até a secretaria ver se existia algum recado e quando nota que não chora mais alto, mais forte e não sente vergonha. Não entendia o porquê daquilo tudo, pensava,pensava e parecia não fazer sentido. Por quê? Pra que? Com que finalidade? E aquilo tudo que ela disse aquilo tudo que ela fez, não pode ser tudo fruto da minha imaginação. Com um flash back tudo vai voltando, desde o começo, e ele não vê a falha, ou prefere passar por cima para que a culpa não pese muito.
(Engraçado que nessas horas o que é ruim não aparece não se faz presente, não grita, não chama, se quer existe).
Ele passa pelo corredor e vai levantando as fotos viradas, vai ao escritório e baixa a que ta de pé, Entra no chuveiro e deseja que ela esteja na cama o esperando, linda, com aquele sorriso aberto e aconchegante, com as palavras de conforto depois do dia ruim, mas ele sabia que ia se enrolar na toalha e só o que teria dela seria o cheiro deixado no travesseiro e no lençol enquanto não fossem lavados.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Como perder aquela garota III


08h30min: Música alta no quinto andar, a banheira cheia e uma mulher simplesmente coberta por espumas e sais.
Impossível ouvir qualquer melodia que não fosse: “Skye e seu Stop Complaining”. ’
Ali ela pensa em tudo que disse e na quão verdadeira foi em cada gesto, sorriso, palavra e cuidado. Mas ela tinha acordado com aquela sensação e dessa vez tinha que aproveitar. Já não se sentia tão bem, tão feliz e tão completa. Só sabia que faltava, fazia de conta que não sabia o que, mas sempre que a questionavam ela mudava ou evitava o assunto. Sim aquele faz de conta feliz, pra ela nunca foi assim tão feliz, não que ela tivesse feliz e ela sabia que doeria ao menos um pouco, mas o alivio. Ahhh meu amigo, o alivio esse era bom demais, a pedra que ela carregava tinha virado um pluma, uma bolha de sabão daquele calmo e revigorante banho.
Sim ela queria, mas mais uma vez ela não era o “bumerangue” e não queria mais se contentar somente com a possibilidade de vir a ser. Já tinha perdido algum tempo, na verdade essa frase ela pensou no plural. E mesmo sabendo que talvez o que buscava fosse utópica ainda mais aquela altura da jornada, ai porque tem que ter a sensação...
Também não podia mais deixar ele próprio se enganar, afinal era muito tempo de restrição, preocupação, desculpas. E sim giravam em torno dela, aquela da foto que ele achou que ela não sabia que existia. Talvez ele não quisesse que ela percebesse, mas ela o entendia , compreendia e por talvez amor, aceitava, apaziguava, levava. Às vezes o amor de um só não é suficiente. É o certo nem sempre é o melhor ou faz bem, mas amiga chega disso, chega dessa enganação coletiva. Se não ta tudo bem vai ficar tudo certo amanhã...
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domingo, 26 de setembro de 2010

Como perder aquela garota II


08h00min: Despertador tocando, ele acha estranho às pernas não estarem entrelaçadas e também não sente aquele carinho no rosto, não sente os beijinhos e não ouve a voz dela com os mesmo dizeres, mas que hoje se fez ausente.
Levanta e vê o vestido ainda atirado perto da cadeira, mas nota que à sapatilha sumiu. Sente um cheiro dela espalhado pelo quarto, vai ao banheiro, veste a calça do pijama.
Enquanto se deslocava para cozinha, hipnotizado pelo cheirinho de café fresco, esfrega os olhos e o rosto inteiro com aquela expressão de preguiça. Quando chega à ponta e abre um sorriso e espera vê-la no balcão... Nada vê a cafeteira e o botão vermelho indicando que o café está pronto e um sanduíche que parecia ter sido preparado com todo o carinho do mundo, no guardanapo que o envolvia o bom dia e a marca do beijo. Ele ri, balança a cabeça. Pega a caneca e o pratinho e vai se sentar no sofá. Quando ta saindo da cozinha nota que as chaves dela ficaram, acha estranho. Comendo vai até a janela olha rua, vira e nota que o casaco e bolsa não esta no lugar de costume. No entanto o bloco de anotações ta no lugar. Pega o bloco, larga o café e engole seco o último pedaço do sanduíche. Com o bloco na mão faz o caminho de volta até o quarto e como se o céu quisesse contribuir com cena, uma nuvem gigantesca esconde o sol enquanto ele anda e nota as fotos viradas, o quadro tirado do lugar, o radio ligado baixinho na estação preferida dela, quase nem se ouve o ruído que faz. Ia passar pelo escritório batido, mas percebe algo na mesa. Entra, segura a foto. Sente seu coração acelerar e enche os olhos de água. Em pensamento se lamenta e culpa. Mas coloca a foto cuidadoso onde ela tinha deixado. Continua até achar o celular. Antes de discar, sente a mão tremer com medo, do que pode acontecer, respira fundo e o dedo ainda trêmulo disca...
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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Parem o Mundo.Eu quero Descer.


Foi longe de ser um dia comum. Na verdade a manhã foi tranqüila, sossegada e gostosa. Em compensação aquela tarde se arrastou, aquele tipo de dia que tu reza para que acabe logo, e quanto mais se reza menos ele passa...
13h08min para ser mais precisa foi quando começou. O coração dispara, as mãos tremem, os olhos se enchem e de repente aquele estalo, parece que a mente se abre e os olhos passam a ver tudo como realmente é. A parte da canção que dizia “não perca a cabeça” estava atrasada e deu o conselho quando essa já estava longe, longe. (Poderia ser uma crise, paranóia, bobagem, mas ouvi dizer que a paranóia grita o que senti foi suave, calmo um sussurro... Infelizmente pra mim, era a tal intuição, o que chamam de alerta por ai).
Remexendo algumas coisas, descobri, ou melhor, redescobri sem querer o que por tempo ficou guardado esperando à hora certa pra vim fazer-me uma desagradável visita. Palavras tão carregadas e tão verdadeiras que tenho certeza que outra pessoa no meu lugar ficaria do mesmo jeito. Tentei me manter ocupada depois de lê-las, não queria pensar, mas com toda sinceridade os pensamentos já estavam todos ali e o quebra-cabeça foi encaixando... E de tão ocupada nem vi que o telefone tocava.
Tive certo descanso naquele engarrafamento e caminho tão longo quanto o dia. Animei e fui animada. Benditas sejam as pessoas certas nas horas incertas.
O sossego durou pouco, e aquele turbilhão voltou quando decidi dividir o que me incomodava com alguém, (acabei dividindo com mais de um, talvez ai por ingenuidade cometesse mais uma gafe) e não adiantavam as palavras de consolo. Os elogios que me deixavam sem graça. Ou a voz tranqüila e baixinha que fazia com que o imitássemos, e falássemos igual. Esse foi o momento em que deixei escapar mais alguns sorrisos e meu coração acalmou. De novo pessoas certas nas horas incertas.
Chegando em casa ao invés de fazer o mesmo de sempre, decidi fazer tudo diferente, dormi. Só queria que aquela quinta-feira tivesse fim...
Bobagem a maldita quinta-feira, deixou suas surpresas pra sexta-feira. Achei que tinha ganhado um amigo, me enganei. Aquela que também se encontra no caminho me falava o tempo todo, e eu não quis acreditar, não tinha porque, não existia um motivo consistente. Fui procurar uma explicação e na verdade achei um culpado, ou melhor, culpada, eu mesma. E pior, foram dias antes que a coisa tinha tomado uma proporção que eu por inocência não percebi, algumas brincadeiras e uma frase mal localizada me colocaram numa roubada.
Tem gente que deseja que todo dia seja quinta-feira, daí pede ajuda pra quem deseja que seja sexta-feira todo dia. E ainda tem aqueles que desejam um dia que talvez nunca chegue...
Lenine foi sábio ao cantar “Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma. Até quando o corpo pede um pouco mais de alma. A vida não para”.
E creio que estarei sendo sábia “cantando”: Nunca deveria esquecer. Só ela poderia tê-lo feito feliz.Pena ter me esquecido tão rápido...

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Como perder aquela garota (parenteses)


Na manhã anterior...
Vozes, risos, bebidas e aquelas alegres palavras,aquelas frases perdidas e os questionamentos que a fizeram dar uma relaxada.Até mesmo se permitiu sorrir satisfeita, o abraçou forte e deu um beijinho. Ele a envoleu em seus braços como se a protegesse gesto que significava "tá tudo bem."
Na mesma noite...
Vozes, risos, bebidas e aquela frase que fez de conta não ouvir.Pensou que seria melhor não olha-lo, não fazer caras, não demostrar que aquela alegria tinha sido quebrada. Continuo rindo e conversando e chegou a soltar uma piadinha para quebrar o gelo entra ela e aquele momento que seria fatidico.Já era tarde,mais uma vez as palavras soltas e bipolares ficaram gravadas no seu coração. Porque? Porque? Ela não soube se ele havia notado o incomodo.Ficou um bom tempo sem conseguir encara-lo.Mas acreditava que não. Ele não é nada observador e sua insebilidade devia ter bloqueado em sua mente qualquer expressão que ela possa ter feito.



"Não sabia mais o que esperar ou mesmo se devia aguardar por algo novo. Sentia uma estranha necessidade de prender o ar, de camuflar o choro, de iludir o espelho, como não possuía tais capacidades dissimuladoras, fazia o que podia para manter a calma e a lucidez frente aos espectadores do seu infortúnio. Tinha consciência desde cedo que nada atraia mais as grandes platéias do que as tragédias ou as grandes comédias, que não havia meio de escapar do palco que a vida tinha lhe preparado. Não existia outra saída senão assumir seu desafortunado personagem e seguir com o espetáculo. Mesmo que nada apontasse para uma mudança de rumo, nutria dentro de si uma esperança de uma cor quase cinza e formato diminuto de que algum evento descortinasse em alegrias o ato final. Não sabia mais o que esperar ou mesmo se devia aguardar por algo novo, sentia uma estranha necessidade de prender o ar , de segurar a máscara até o fim. "

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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Como perder aquela garota I



Então ela abre os olhos e nota que tem algo diferente. Olha pra um lado, pro outro, pra cima, deita de novo, pensa, suspira. Com uma das mãos puxa o lençol pra perto do corpo e o seguro contra o peito tentando disfarçar nudez, a outra mão ela apóia na cama e fica o observando enquanto dorme. Sorri e o acaricia o rosto. Levanta-se com cuidado, queria ser o mais discreta possível, coloca uma calça jeans velha, mas que a veste muito bem, pega uma camiseta, dele mesmo, por estar mais perto, e calça seu sapatinho de boneca. Vai ao banheiro jogo uma água no rosto e faz um gargarejo com o “cepacol” do sabor odiado por ele, chega perto da cama e o beijo nos lábios suavemente. Ele resmunga, faz um gesto com o nariz, volta a dormir. Já na porta do quarto olha-o novamente, sorri de novo e pé por pé sai...
Enquanto passa pelo corredor, vai abrindo as janelas e deixando que a luz do sol que recém está nascendo entre assim como ela sai zelosa e silenciosamente. Olha cada peça da casa, entra no escritório, senta naquela enorme e confortável cadeira. Abre aquela gaveta que ele pensa que ela nem sonha existir. Pega o porto retrato escondido embaixo daquela papelada toda, passa a mão pra tirar a poeira e repara a foto. Suspira, sorri sem mostrar os dentes, levanta-se e arruma a foto em cima da mesa.
Continua andando pelo corredor, olha o relógio, os quadros os prêmios, as fotos espalhadas, e quando se depara com as poucas em que está presente, com um suave movimento vira-as para baixo. Um pouquinho antes de chegar à sala espreguiça-se.
Quando chega pega o bloquinho de anotações e caneta que fica do lado telefone, abre as cortinas e se depara com a vista maravilhosa. Vai até a cozinha pega um chá e o toma enquanto escreve. Dá mais uma olhada lá fora, pega o casaco, bolsa e larga o bilhete no sofá. Abri a porta, olha pra trás novamente e se dá conta que está com as chaves na mão, então pega as pendura e fecha a porta.
Dá alguns passos e a luz do corredor acende, caminha devagar, quase hesitante, chama o elevador, dá um bom dia educado e quase aliviado para o vizinho que desce com seu cãozinho. Encosta no canto, pois sabe que hoje os 10 andares pareceriam 20. Chega ao estacionamento, abre o carro, coloca uma música que se encaixe com o momento e quando nota já está na sinaleira da esquina. Olha o retrovisor e pensa: “She is a good girl...”.
...

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terça-feira, 24 de agosto de 2010

O contrario é valido


"...Em geral a mulher sabe que é amada por um homem, antes mesmo que ele o perceba..."
Machado de Assis

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

A diferença está nos detalhes.


Uma noite fria de um lugar qualquer de uma semana de céu limpo e estrelado.
Um menino e uma menina em um banco sentado. Não faziam grandes confissões, nem falavam sobre coisas sérias. Simplesmente desfrutavam da sintonia que aquele momento proporcionava.
O café na mão de um, um chocolate quente na mão da outra, altos papos e gargalhadas gostosas em função deles. Um olhar mais intimista e como retribuição um olhar acanhado. Um sorriso que dizia “vem, não fica com medo”, como devolução uma cabeça baixa acompanhada de um sorriso sem jeito, um tanto quanto bem tímido.
...
A cabeça se levanta levemente e com um olhar iluminado o silêncio é quebrado:
-Eu queria poder te beijar agora, diz ela.
-E tu podes, diz ele.
Ela balança a cabeça tristemente e o seu olhar perde o encanto, o copo balança em sua mão enquanto expressa tudo que sente como se fosse uma metralhadora.
-Não, tu sabes que infelizmente, ao menos agora, não é possível. Não somos dois, somos quatro, passando todos por momentos complicados. Como se deixa algo que nunca se teve? Como não levar adiante pensando do que se pode ter?!
Impressiona-me o fato de ter concordado com o meu instante de insanidade. No entanto como resistir a tanta atenção, dedicação e carinho?!É difícil não se deixar envolver por tudo que se sente falta...
Ele se achega de mansinho, coloca a mão em seu ombro, a vira e abraça bem forte. Ela se aninha em seu pescoço e ele sensivelmente a balança como se ninasse uma criança. Ela se afasta e agradece o afago com enorme e novamente reluzente sorriso.
-Não somos quatro, somos três. Diz ele.
E os dois sentam novamente, mudam de assunto e continuam aproveitar cada segundo ao Maximo. Passado 20 minutos ouvi-se o sinal, era hora do tchau. Ela levanta rápida e serelepe olha pra ele e repete:
- Eu queria poder te beijar agora.
Ele levanta e com um vasto sorriso também repete:
-Mas tu podes...
Ela chega bem perto o beijo o rosto terna e apaixonadamente, aproxima-se de seu ouvido e diz: - Quem sabe um dia...
Ela se afasta e ele a puxa pra perto e a beija no canto da boca e diz: - Quem sabe agora...
Ela vira-se segue seu caminho e quando está perto da porta, olha pra trás sorri e o observa parado, com as mãos no bolso cuidando-a com seu olhar acalentador.
Ele desce as escadas, certo que ela seria dele. Ela senta-se pega o celular (o terceiro espera eufórico pelo sms, ligação, espera excêntrico pelo sinal que ela sempre dava) e o coloca direto dentro da bolsa enquanto ouve ao fundo a voz do professor:
- Boa noite pessoal!...



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sábado, 31 de julho de 2010

Avalon


A Avalon, morada das fadas, só se chega por acaso, pois é impossível encontrar o caminho sem se perder. Ana Maria Machado.

Estaria eu aos poucos chegando em Avalon?No fundo não creio muito nessa possibilidade. Acreditar que alguém tão racional tenha se perdido de repente num mundo fantasia é um pouco dificil. Posso dizer que estive chegando mas algo no caminho me fez recuar.Se continuo no caminho? Tento ardoamente seguir naquela direção.
No entanto tem algo diferente,as coisas não são mais as mesmas,eu não me sinto a mesma. Confesso que por várias vezes me peguei pensando no "se" e "será". E questiono frequentemente:a culpa é minha? A resposta vem quase que instantanea...SIM,não adianta culpar quem espera ali na esquina,a escolha fui eu quem fiz. Agora é ir se moldando a nova situação e descobri,com uma olhada mais vagarosa, que nem tudo está tão diferente quanto se imagina que esteja...


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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Restart


Gosto da nova vida que levo, na verdade aprendi a gostar.
Conheci o novo, o diferente e acabei encantada.
Foi bom, é bom, mas confesso que não sei por quanto tempo agüentarei.
Dizem que rapadura é doce, acreditem, não é mole não.
Demorei, fui longe, no entanto encontrei o meu caminho. Aprendi muito, creio que ainda tenho a aprender, novos valores adquiri. As velhas pessoas aprendi a amar. Respeito e admiro o esforço feito. Mas volto a dizer que não sei se vou agüentar.
Não posso também ter medo do que me aguarda no retorno, umas das lições aprendidas foi que começar do nada não tira pedaço, não faz mal, pelo contrario edifica e faz forte. Renova as esperanças e dá a coragem necessária pra seguir em frente.
Sentirei falta da vida solitária e pacata, mas duvido que haja coisa melhor nesse mundo do que o aconchego de um colinho real e verdadeiro.
No fim também decidi que não quero mais ter gatos, nem uma poltrona perto de um janelão com uma paisagem dos sonhos, muito menos aquela estante cheia de livros e algumas bebidas. Quero uma vida nova e nova de verdade daqui pra frente.
Serei melhor. Darei o meu melhor, desde que eu posso voltar, e ser tudo que sou aqui lá, ser tudo que aprendi ser, ser de verdade o que tanto me encantei e o que tanto quis e o que tanto ainda quero...


“Quando estou triste, me calo.
Prefiro que seja assim...
Na verdade eu tenho é medo
de falar coisas ruins.
E se choro é escondido
não gosto de repartir minha dor...
Prefiro dar aos que amo
uma boa fatia de
Amor...”

sábado, 6 de março de 2010

O fim sem começo.



E quem não sabia que não era ela que ele queria?
No fundo a menina por mais que tivesse aparentemente feliz, não tinha como não evitar ver o fim.
O menino nunca deu bola para o que falava a menina, fazia caras e bocas e ainda batia o pé no chão.
A menina foi cansando, desgastando aos poucos se afastando, já não querendo tanto, talvez nem querendo mais, justamente por saber que aquele pé não daria frutos.
Podia sim a menina estar enganada, mas os fatos eram evidentes, só não via quem queria. A menina foi a válvula de escape.
Quando se deu por conta do que acontecia resolveu dar um basta, afinal ela já tinha determinado que não queria mais o papel de coadjuvante, por mais que esse também tivesse seu reconhecimento e naquele momento total valor.
A menina não sabia o que tava acontecendo, mas sentia como nunca que era a hora do adeus...
O menino não pertencia a ela, pertencia não restavam dúvidas.
Descobriu então que valerá a pena cada minuto, cada segundo e diferente do menino, não tinha na memória nenhum momento ruim ou que não tivesse sido bom.
De tudo a menina escolheu a melhor parte e essa não lhe será tirada. É certo que a saudade ia bater e as coisas entre eles iriam mudar, muito mais do que o menino pudesse imaginar, mas não adiantava negar o fim, se não já tivesse acontecido, era próximo e triste porque ali existiu um amor o qual o menino nunca acreditou, sempre pôs a prova e assim mal pode aproveitar.
A menina poderia ter sido muito mais se o menino tivesse permitido e o menino poderia ter sido muito além do que a menina jamais poderia sonhar...
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quinta-feira, 4 de março de 2010

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Aos trinta


Não sei que eu quero ser, mas sei exatamente o que não quero me tornar.
Não quero ser ranzinza e fazer da minha vida um martírio.
Não quero ser um fardo pras pessoas ao meu redor.
E não quero me sentir infeliz, insatisfeita e só.
Aos trinta quero preservar esse sorriso muitas vezes elogiado.
Essa malandragem que me faz ser maleável flexível e ter um leque de opções.
Quero esse meu brilho no olhar mesmo depois do mundo ter desmoronado na minha cabeça.
Quero essa minha capacidade de fazer o errado sempre sair certo, mesmo de um jeito torto.
Quero essa minha teimosia doida que as pessoas chamam de perseverança.
Isso... Aos trinta não serei executiva, medica muito menos advogada renomada. Mas serei feliz, plena e realizada. E o principal, não estarei arrependida ou ressentida do caminho trilhado, porque todas as escolhas terão sido minhas, só minhas e de mais ninguém...

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

O que estraga é a espera...


"Eu não: quero é uma realidade inventada."
Clarice Lispector

E é inspirada, até mesmo sem saber, nessa frase que invento uma realidade diariamente.
Se essa me faz feliz? Sinceramente não sei.Mas me fez muita criativa,confesso.

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domingo, 17 de janeiro de 2010

Desabafo


E realmente estou cansada dessa vida virtual.
Não vejo mais graça em scraps.
Não me emociono com depoimentos.
Não sintonizo com nenhuma comunidade.
Gosto mesmo é da voz dizendo saudades e que de alguma forma faço falta.
Sinto falta dos bilhetinhos muitas vezes indescifravéis,mas escrito de próprio punho.
Quero um abraço de verdade, um beijo de verdade,
um olhar de verdade, e não letras que os simbolizem.
Quero o contato intenso, o sentimento verdadeiro e o aperto de mão leal que os modernos meios de comunição tornaram raro.
Mas sinto falta principalmente da minha privacidade, onde ninguém podia especular e assim achar-se no direito de me prejudicar.
Quero lealdade e confiança sem fim, não quero ler em algum scrabook perdido algo que me chatei sem ao menos saber exatamente do que se trata.Chega de catar pessoas, chega de tentar de descobrir o quanto sou importante, e se estão sendo sinceros!
Portanto não estranhe se minha vida virtual se esvair.Acredite essa não me faz mais nenhuma falta.
A partir de hoje quero só que for real e inteiro ao em partes e cibérnetico dispenso e mando lembraças...

sábado, 16 de janeiro de 2010

Tang


Obrigada por tamanha sinceridade, lealdade e parceria.
Obrigada pelos sorrisos, pelas brincadeiras e pelas orgias.
Obrigada pelos colos, pelos beijos, pela proteção.
Obrigada por estar perto, por não me deixar desistir e obrigada pelo empurrão.
Mas principalmente obrigada por achar estar sempre certo, não me ouvir, não partir, na minha vida persistir e hoje dela a alegria ser razão.
Agradeço por cada minuto de dedicação, e meu coração meio que sem jeito te pedi pra não ir embora não. Mesmo que não acredites faria um faltão.
Não é só um “mimimi” ou um mero “xalalá”. Só queria pra ti lembrar que tudo que falei foi verdadeiro era só observar o meu olhar. Mesmo assim se precisar tudo deixar,ou se eu sem querer o encanto quebrar,fica aqui registrado a importância que teve e a lacuna que vai se ficar. Enfim só queria mostrar que realmente foi e é especial e que na minha vida o teu espaço guardado está e que nela não passou só por passar...

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:D