
Na manhã anterior...
Vozes, risos, bebidas e aquelas alegres palavras,aquelas frases perdidas e os questionamentos que a fizeram dar uma relaxada.Até mesmo se permitiu sorrir satisfeita, o abraçou forte e deu um beijinho. Ele a envoleu em seus braços como se a protegesse gesto que significava "tá tudo bem."
Na mesma noite...
Vozes, risos, bebidas e aquela frase que fez de conta não ouvir.Pensou que seria melhor não olha-lo, não fazer caras, não demostrar que aquela alegria tinha sido quebrada. Continuo rindo e conversando e chegou a soltar uma piadinha para quebrar o gelo entra ela e aquele momento que seria fatidico.Já era tarde,mais uma vez as palavras soltas e bipolares ficaram gravadas no seu coração. Porque? Porque? Ela não soube se ele havia notado o incomodo.Ficou um bom tempo sem conseguir encara-lo.Mas acreditava que não. Ele não é nada observador e sua insebilidade devia ter bloqueado em sua mente qualquer expressão que ela possa ter feito.
"Não sabia mais o que esperar ou mesmo se devia aguardar por algo novo. Sentia uma estranha necessidade de prender o ar, de camuflar o choro, de iludir o espelho, como não possuía tais capacidades dissimuladoras, fazia o que podia para manter a calma e a lucidez frente aos espectadores do seu infortúnio. Tinha consciência desde cedo que nada atraia mais as grandes platéias do que as tragédias ou as grandes comédias, que não havia meio de escapar do palco que a vida tinha lhe preparado. Não existia outra saída senão assumir seu desafortunado personagem e seguir com o espetáculo. Mesmo que nada apontasse para uma mudança de rumo, nutria dentro de si uma esperança de uma cor quase cinza e formato diminuto de que algum evento descortinasse em alegrias o ato final. Não sabia mais o que esperar ou mesmo se devia aguardar por algo novo, sentia uma estranha necessidade de prender o ar , de segurar a máscara até o fim. "
01
:D
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