
17h: 00 min: Intervalo e com os dedos já calejados e na sua n tentativa sem resposta alguma, pega o carro e decide que por hoje o dia tinha acabado.
Chega em casa, e toma wisky a primeira dose sem gelo, precisa de uma bebida de gente grande. Senta no sofá e liga a TV, nem seus programas favoritos parecem ser boa cia. Liga o rádio e por acaso à música que ela cantava daquele jeito bizarro é o single daquela cena melancólica e decadente. Ele não agüenta seu coração aperta e ele se permite chorar, vai até a secretaria ver se existia algum recado e quando nota que não chora mais alto, mais forte e não sente vergonha. Não entendia o porquê daquilo tudo, pensava,pensava e parecia não fazer sentido. Por quê? Pra que? Com que finalidade? E aquilo tudo que ela disse aquilo tudo que ela fez, não pode ser tudo fruto da minha imaginação. Com um flash back tudo vai voltando, desde o começo, e ele não vê a falha, ou prefere passar por cima para que a culpa não pese muito.
(Engraçado que nessas horas o que é ruim não aparece não se faz presente, não grita, não chama, se quer existe).
Ele passa pelo corredor e vai levantando as fotos viradas, vai ao escritório e baixa a que ta de pé, Entra no chuveiro e deseja que ela esteja na cama o esperando, linda, com aquele sorriso aberto e aconchegante, com as palavras de conforto depois do dia ruim, mas ele sabia que ia se enrolar na toalha e só o que teria dela seria o cheiro deixado no travesseiro e no lençol enquanto não fossem lavados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário