“Eu sabia que não estava enganado contigo.”
Realmente não estava. Entre pecados existia a mais pura das
criaturas. Esperou, superou, deixou, voltou.
Atendeu ao chamado. Acreditou no desejo, acreditou nas
palavras, acreditou nos momentos, acreditou na alegria, acreditou...
Enfim depois do passeio retornou a si, aliás, lugar o qual
jamais deveria ter deixado.
O engraçado é que o seu lugar era o mesmo o da cobiça, mas a
cobiça não era ela, jamais seria.
Abandonou o desejo, abandonou as palavras, abandou os
momentos, abandonou a alegria, abandonou...
Esqueceu a aproximação, esqueceu os olhares, esqueceu os
gestos, esqueceu a troca, escondeu-se em um mundo onde aquilo tudo nunca
existiu.
Esqueceu as cores, esqueceu os olhos, esqueceu as falas,
esqueceu o segredo.
Deu dois passos, olhou para cima, sentiu o sopro do vento daquela
noite negra afagar seu rosto. Baixou a cabeça balançando-a com um sorriso no
canto dos lábios. Não estava satisfeita, mas de uma forma inexplicável se
sentia feliz.
E assim continuo o caminho. Era o melhor que podia fazer.
Rafaela Souza
01
:D
Nenhum comentário:
Postar um comentário