
E cada dia que passa odeio mais e mais essa porcaria que o mundo atual chama de comunicação rápida, fácil e eficaz.
Rápida?
Demoramos a encontrar as palavras, ou "atalhos" propícios e que se encaixem perfeitamente a situação.
Fácil?
Como demonstrar os sorrisos que são arrancados, as caras surpresas, as bobas e as realizadas.
Eficaz?
Longe disso, sempre somos mal interpretados, e nos tornamos um mostro sem saber a causa.
Sempre acreditei mais no gesto do que nas palavras vagas ditas numa hora, mas esquecidas numa outra.
E a cada milésimo de segundo tenho mais certeza de que lembrarei mais do que as pessoas fizeram do que (por mais lindo que tenha sido) falam.
As palavras podem ser apagadas sempre existe um jeito. Agora atitudes, boas ou ruins, nunca se vão. Ficam guardadas esperando o momento certo de voltarem à memória e serem assim sempre revividas e eternizadas.
Não quero pessoas que preencham as folhas do meu caderno, que me deixem depoimentos no Orkut, que digam o quanto sou legal no Twitter ou que tente se comunicar com subnicks de MSN e seus "atalhos". Quero e tenho hoje as pessoas que preenchem minha vida de forma surpreendente que deixam minhas bochechas ruborizadas, sorriso de orelha a orelha e que fazem cair por terra as minhas teorias. Afinal vai ver nem toda surpresa é ruim!
"Mentimos com a boca, mas os gestos denunciam a verdade."
(Friedrich Nietzsche)
"Como expressar nas palavras,
os gestos que queria fazer,
as coisas que gostaria de ver,
os belos amanhecer e entardecer,
e o sombrio morrer...
faltam-se falas.
Mas ao expressar
o simples fato de escrever, falar,
nada existe para preocupar...
nada pode deturpar,
na essência pelo chorar,
no gesto por beijar,
comover e alavancar
o puro e simples "amar"".
(Renato Russo)
01
:D
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